Ele entrou no cômodo, e sem acender a luz tirou os sapatos, era preciso deixá-los descansar depois de horas seguidas de uso, foram tantas que eles já estavam quentes. Seria difil sobreviver àquela noite...solta o nó da grava, afunda na poltrona vermelha em frente a tv. Como pensar que teria que dizer adeus a quem tanto amava? Como ter que fazer isso e não deixar uma lágrima rolar?? Num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece, de imediato, a outra.
Foi assim que o Caio disse, e era assim que ele se sentia. Foi difícil achar uma alma cheia como aquela...Mas agora, sua alma estava cansada também, e decidiu se render um pouco aos carinhos que o vento o ofertava quando entrava pela janela displicentemente aberta.
Adormeceu...
Ou melhor,
dormiu.
Um sono
eterno
.
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