29 dezembro 2009

Azul

Não sei o que resta de mim em você, nem a reversibilidade dessa afirmação, mas sei que te desejo algo bem grande, bonito e maravilhoso, a ponto de te fazer acreditar que é possível ser imensamente feliz. Não desejo que você se feche nem se sinta incapaz de realizar suas tarefas, que são tantas, mas que você tenha ponderação de saber que dando o melhor de si, já é o suficiente. E apesar de nossas brigas, algumas salvas por mim, e relidas hoje, sirvam apenas para lembrar de quando fizemos as pazes; de como NÃo ria com as minhas piadas, e achava "engraçado" o meu sorriso. Que tudo isso fique na tua memória como um sonho bom. Que eu seja assim, um sonho bom, que um dia você acordou riu e pensou: foi só um sonho. E seguiu a diante. Não quero mais estar aqui nessa cidade, nem nesse lugar, ano que vem, gostaria muito de partir, nem que fosse para o Amazonas, essa atitude não é uma ação desesperada de quem implora atenção, mas sim, de quem quer tentar de novo.

"- Podia esperar de qualquer um essa fuga, esse fechamento. Mas não em você, se sempre foram de ternura nossos encontros e mesmo nossos desencontros não pesavam, e se lúcidos nos reconhecíamos precários, carentes, incompletos. Meras tentativas, nós. Mas doces. Por que então assim tão de repente e duro, por quê?" Caio F.

23 dezembro 2009

Ainda

Até quando vai continuar assim? Até quando ainda vou ver sua foto e repetir os mesmo gesto que fiz outrora?Noossa, seria tão bom se pudéssemos de repente, apagar tudo que já nos fez sofrer um dia, tudo que ainda faz meu estômago revirar,e as pernas faltarem... Seria bom se realmente pudéssemos fazer um “brilho eterno de uma mente sem lembranças”, que desse certo!
Essa abstinência, essa falta de tudo, de você...dói tanto que nem o Caio nem o Nazarian conseguem suprir. Precisava de doses homeopáticas, todos os dias, e perder é como perder o rumo. Perder o rumo é até mesmo confundir o sentimentos, e eu já nem sei o que sinto. Talvez um dia, quem sabe, eu olharei pra isso tudo, longe de tudo, de todos, e consiga ver que superei, ou não, estaria sentada ouvindo uma daquelas fossas perfeitas, talvez com algum doce deletério, mas lembraria de todos os detalhes. Essa minha memória fotográfica me mata, muitas vezes.
“Só por hoje não vou tomar minha dose de você ”