15 setembro 2009

"Dias sim, dias não.


Eu vou sobrevivendo sem um arranhão"

Recomeçar, e apagar literalmente todas as memórias. qual parte disso você não entende? será a parte na qual na loucura do meu dia, volto a procurar aquilo que eu fiz questão de apagar? e eu volto tudo para que você me entenda. apaguei o que tinha que ser apagado quando minha racionalidade me permitiu, e quando estou no ápice de minha solidão procurou tudo aqui que não foi meu, não foi pra mim e eu nunca tive. deve ser fácil para você superar essa situação, tu nunca entendeu o que quis te dizer atrás daqueles versos, que não eram meus, mas eram para você. acordei sonhando com um telefonema e me vi num cenário de caio, a vidraça que vai do teto até o chão me mostra apenas tetos de zinco marcados, e olhar para o carpete verde me dá ânsia, mas não tenho outra opção, a janela não abre, a porta não abre. estranho, por favor, não coloque os cigarros e o pão com água por baixo da porta hoje...eu não sou, mas eu estou triste, só hoje. e entre ser e estar, estar é menos dolorido, porque é uma dor que vem em ondas, às vezes chega no final do dia, mas aí já estou perto de dormir e sonhar para tentar esquecer, o ruim mesmo é quando ela vem pela parte da manhã, como hoje, porque tenho o dia todo para sentí-la, forte, intensa, fisgando cada parte de meu corpo e me fazendo lembrar de tudo aquilo que não foi.

Resto do Post

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