21 setembro 2009

Ibmuz

Noite quente, roupa de frio. ou era o contrário? não sei... leve como pluma me arrasto pela multidão, esqueci as dores e os problemas, danço como sempre, e nunca dancei. a fumaça alheia me inebria, sigo no meu ritmo, sorrisos fáceis, passos ensaiados. uma boca que me encanta, uma oportunidade perdida, uma noite aproveitada, uma solidão tirada. pessoas, pessoas, pessoas, onde estão seus rostos? procuro, não vejo, não está nítido... cansaço de alma leve, desabo em meu colchão, ou será que me levantei dele??

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17 setembro 2009

Amuo

Me omito, enquanto tu, desenfreadamente, tentas fazer um discurso rápido em tua cabeça. não te olho, deixo que tu continues a soltar verdades sintéticas, previamente escolhidas. maldita data, que não me esqueço, pudera eu tirar um cigarro do bolso e me fazer de desacreditada em tudo que tua boca, que me seduz mais que tuas palavras, me diz. poderia passá-lo entre os dedos, pensando em roe-los mais tarde quando parasse em frente de um boteco qualquer da vida. desses que sempre tem uma música brega o suficiente para encaixar-se em algum momento de nossas vidas. mas, não, mantive-me calada, e parece que te supreendi, como animal que desiste da sua presa, eu desisti. não ouso mal dizer teu nome, mas também evito dizê-lo. o tempo vai passando, e te ver por acaso ainda me esfria a espinha, e me lembro do cigarro que nunca peguei no bolso, das unhas que nunca roi. e nem vou, pois tu não mereces meu esforço em me auto-destruir.

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15 setembro 2009

"Dias sim, dias não.


Eu vou sobrevivendo sem um arranhão"

Recomeçar, e apagar literalmente todas as memórias. qual parte disso você não entende? será a parte na qual na loucura do meu dia, volto a procurar aquilo que eu fiz questão de apagar? e eu volto tudo para que você me entenda. apaguei o que tinha que ser apagado quando minha racionalidade me permitiu, e quando estou no ápice de minha solidão procurou tudo aqui que não foi meu, não foi pra mim e eu nunca tive. deve ser fácil para você superar essa situação, tu nunca entendeu o que quis te dizer atrás daqueles versos, que não eram meus, mas eram para você. acordei sonhando com um telefonema e me vi num cenário de caio, a vidraça que vai do teto até o chão me mostra apenas tetos de zinco marcados, e olhar para o carpete verde me dá ânsia, mas não tenho outra opção, a janela não abre, a porta não abre. estranho, por favor, não coloque os cigarros e o pão com água por baixo da porta hoje...eu não sou, mas eu estou triste, só hoje. e entre ser e estar, estar é menos dolorido, porque é uma dor que vem em ondas, às vezes chega no final do dia, mas aí já estou perto de dormir e sonhar para tentar esquecer, o ruim mesmo é quando ela vem pela parte da manhã, como hoje, porque tenho o dia todo para sentí-la, forte, intensa, fisgando cada parte de meu corpo e me fazendo lembrar de tudo aquilo que não foi.

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10 setembro 2009

feriado

não esperem grandes sorrisos, abraços apertados e piadas contadas. ando contando os pedras do asfalto e procurando dentro de mim uma explicação para tudo. ando contra o vento de peito aberto, o céu tem a cor de meus olhos quando procuro por estrelas. acho que o problema está em mim, em não aceitar o que a vida foi capaz de me dar e também de tirar. pessoas vêm e vão com a mesma velocidade em que aproximo delas. Nazarian, Quintana, Lispector, Caio! me ofereçam colo!
tenho medo de mim...e estou em pleno "feriado de mim mesmo".

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