Eu poderia começar falando que o choro é a expressão mais sincera dos sentimentos, é quando eles já não cabem mais dentro do teu peito e procuram uma válvula de escape. Quase como um reflexo de animais selvagens que passam anos enjaulados e vê por entre as grades o mundo que queria estar, que deseja, mas não pode, ele está atrás da grade, lembra?
Voltando ao assunto do choro...
As lágrimas no meu caso, começam por uma situação cotidiana não exatamente gravíssima, mas quando se está mortalmente ferido é através dessa situação que você consegue pôr tudo para fora e pode dizer par as pessoas: O motivo é o tal problema cotidiano. Mas realidade não é isso, esse problema é apenas a máscara dos milhões de sentimentos presos, das coisas que não podem ser ditas, o abraço que não pode ser dado, do beijo que tanto é esperado, da notícia que não queria ser ouvida.
É um mar de dor, mágoa, medo, incompreensão...
É um mar de mim onde estou presa a essa falsa capa de pessoa forte quando na verdade estou pedindo socorro. Mas ninguém ouve o seu pedido, e nesse mundo maluco ninguém se preocupa com isso. Ninguém liga se você passa mais de oito horas em cursinhos e nesse tempo não tem ninguém pra você dizer: Bom Dia! Isso pode parecer sem importância mas pouco a pouco estou perdendo a minha capacidade de me comunicar com as pessoas.
Eu sinto que eu preciso ir embora, e por mais que pareça loucura ou algo impossível, eu estou engatinhando em direção ao meu futuro: França!
ou pelo menos o Canadá.
Eu já mudei totalmente de assunto, de lágrimas para viagem internacional tem um grande abismo, mas tudo bem.
Tanto faz.
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