05 janeiro 2013

Diazepam®



Penso em você, sobretudo essas horas, em que a lua aparece e lembro daquele dia: “Amor, a lua tá linda, lembrei de você”... Junto com a lua cheia luto pra não deixar que meus olhos fiquem da mesma forma.

Não sei até que ponto a tua lembrança, a tua saudade, o teu beijo, o teu prazer foi verdadeiro. Sei que nada, absolutamente nada, do que te disse, fiz e senti foi mentira. O amor às vezes tem disso, é um sentimento, às vezes, ingrato, escolhe só um lado pra morar e uma vez lá, cria raízes, reproduz, toma tudo, obriga a fazer coisas que nunca foram feitas.

Mas se o amor é ingrato, meu caro, é porque ainda não passaste pela mão da Saudade, essa sim...É destruidora, relembra tudo, cada detalhe, cada traço, cada cheiro, cada risada, cada frase, ainda mais assim, quando se tem memória fotográfica...Consigo lembrar até da roupa que vestias no nosso primeiro e, infelizmente, no último encontro. Dói e só Deus e eu sabemos o quanto.

A cura para tanta maldade que esses sentimentos fizeram comigo se chama Tempo...Ele costuma fechar todas as feridas, reparar todos os erros, nos dar outras aventuras, quiçá outros amores...E quando pensarmos nesses sofrimentos de hoje, lá na frente, teremos a certeza de que nada foi em vão, tudo, absolutamente TUDO, nos deixa uma lição.

Mas por agora, a lua tá cheia e inevitavelmente, não consegui controlar meus olhos...
Um dia de cada vez...
T.A.

Resto do Post

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