23 dezembro 2010

Torpor

Dos meus versos a veracidade é incerta
Das sensações, o estímulo é disperso
Do meu meu peito, arritmias inquietas.
Ninguém sabe do meu ver o cantar
Ninguém sabe da minha dor o tear
Iniciador do sol e da chuva
Ninguém sabe da minha cor, da sombra.
Da Alma, pouco faz pensar
se fosse dor ou sonho meu pesar.
A verdade é que tu nunca saberás,
Pois no peito, aqui, dentro da minha desordem
nem tu, nem ninguém
Nem eu mesmo eu sei dividir
O sonho, da dor, da realidade
Que me corta as asas todas as manhãs
Que me sangra a cada plenilúnio
E que me faz dormir sossegada
sabendo que pode não ser verdade
a realidade conturbada que meu ser cansado
Insiste em alimentar.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ah, Lari. Eu mentiria se dissesse que não me surpreendo toda vez que venho aqui.