02 janeiro 2010

30/31/12


Difíceis esses dias em que a gente sabe o que não queria que acontecesse, ou que soubéssemos, mas que esperávamos[na pior das hipóteses] que um dia pudesse acontecer. São dias cinzas, intempestivos, porque não da cor dos seus olhos? Renato não é ultrapassado, arte é sempre atemporal, assim como os sentimentos; não adianta fugir, por anos e anos eles se repetem, sempre tem alguém sabendo de algo, alguém chorando, alguém partindo, alguém recomeçando, ou tentando pelo menos. Recomeçar é sempre difícil, principalmente pra quem é "todo coração", é preciso se despedaçar em um bilhão de caquinhos, ser até meio masoquista, gostar de sofrer, de alimentar esperanças, até o último milionésimo de segundo; bem, depois disso é hora de pôr as recordações para forar, tentar sarar as feridas, varrer todos aqueles caquinhos, pôr num saco, com o máximo de cuidado pra não deixar vestígios, e engavetá-los a sete chaves. Vai ser difícil, às vezes não pensar, mas os jovens tem a vantagem do tempo. Aí, um belo dia um sorriso vai sair, completamente sóbrio, e aquele mesmo frio da barriga do amor que sentiu, agora vem diferente...vai ser de alegria! O vento vai bater novamente no rosto -o impulso vital-, vai te acalentar, te acariciar a face e dizer: não desiste! Quem é todo coração passa por isso, mas tem a vantagem de ser fênix.

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