26 setembro 2007

Meio vazio...

Ela sentiu o abraço invisível e gélido da solidão,
Ela sentiu-se só...
Desorientada,
Perdeu todos os sentidos, o sol escaldante da cidade não abrandou o frio da alma,
nem o vinho, o absinto,
ou a pior das drogas arrancou o que a garotinha tinha dentro de si...
Figurante na escola da vida, imperceptível na avenida do samba,
bobo da corte dos lugares que habita.
E em seu sorriso pálido e patético de efemeridade diária,
ela mostra o que não é, esconte o que sente por dentro, e o pior...
Chora em silêncio.
Ninguém tem a obrigação de ouvir seus prantos e lamentos de um amor impossível,
ou escutar seus dilemas e indagações filosóficas..
Ela chora por dias que não existiram, por mãos que não a envolveram,
por palavras que não foram ditas...

Não acredite em mim...
É bem mais fácil achar que tudo isso é mentira...


(Larissa L.)

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