05 março 2008

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A taça de vinho meio vazia, o gosto seco e forte no paladar
eu já não sei se vem da bebida ou da alma, e isso pouco importava, ele estava lá, sempre esteve, como enfermidade que adormece mas espera anciosamente o menor toque para fazer-se forte.
"Você poder ser o que quiser"
Posso ser enfermeira, médica, me arriscar no jornalismo, ou até mesmo ser florista.
Mas do que me importa poder ser tantas coisas, quando não se é nada?
Sou amarga, seca e forte como o vinho. Arrogante, prepotente, ironica, sarcástica e tantos outros rótulos me são colocados que acabo incorporando, e não adianta, já está entranhado. É o orgulho de não mudar, pra que mudar quando todos já estão adaptados?
É colocar a mão na fogueira por escolha, a meu favor.
-Auto-destruição-

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